Uma fotografia de Lula Marques, publicada hoje em sua rede social, define bem o governo Bolsonaro. “Governo que se diz patriotas, mas a verdade é essa ai. Bandeira Nacional na praça dos três poderes em Brasília”, escreveu.
A bandeira está rasgada, como o orgulho nacional depois que Bolsonaro passou a depreciar o povo brasileiro e a compará-lo com o de outros países.
Bolsonaro bate continência para bandeira dos Estados Unidos, um gesto de alto valor simbólico.
Sob sua administração, a moeda brasileira foi a que mais se desvalorizou no mundo.
Hoje, o brasileiro tem que desembolsar em torno de R$ 4,50 para comprar US$ 1, o maior valor da história.
Juntamente com o ministro da Economia, Paulo Guedes, o presidente brasileiro lidera um projeto de transferência do patrimônio público para a iniciativa privada, sobretudo o capital externo.
Da boca para fora, porém, o governo diz que o Brasil está acima de tudo, e Deus está acima de todos.
Conversa mole.
A realidade tremula na Praça dos Três Poderes, sem que ninguém do cerimonial do Planalto tenha atentado para seu estado precário.
É uma mensagem eloquente. Tão eloquente quanto um poema que Castro Alves escreveu em 1868, escandalizado com a escravidão e sua imagem mais cruel, o navio negreiro:
“Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança…
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!…”
O pendão em Brasília está roto, o país também.