
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta segunda (25) que precisou trocar o número de celular após o indiciamento da Polícia Federal. Ele diz que a informação foi exposta pela corporação no relatório em que foi indiciado.
O parlamentar é investigado por coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. “Entre insultos e chacotas que passei a receber, comunico que mudei meu número”, escreveu Eduardo em publicação no X.
O filho “03” do ex-presidente Jair Bolsonaro divulgou ainda capturas de tela mostrando as mensagens recebidas. Nos prints, ele é chamado de “bananinha” e aparece incluído em grupos nos quais recebeu ofensas.
Eduardo também mostrou os xingamentos que recebeu, como “Vai tomar no cu seu bandido. Lesa pátria” (sic) e “golpista”. Segundo os prints divulgados pelo deputado, ele recebeu 86 ligações e acumulava 362 mensagens não lidas em apenas um dia.
Veja:
No mesmo dia que foi publicado o relatório da @policiafederal com o meu indiciamento, COINCIDENTEMENTE, vazaram meu número de celular.
Entre insultos e chacotas que passei a receber, comunico que mudei meu número. pic.twitter.com/XwQRKo8DFN
— Eduardo Bolsonaro🇧🇷 (@BolsonaroSP) August 25, 2025
O relatório da PF aponta trocas de mensagens entre Bolsonaro, Eduardo e o pastor Silas Malafaia. A investigação indica que Eduardo teria atuado ativamente em estratégias para pressionar autoridades brasileiras.
Além da articulação digital, o deputado aparece em diálogos sobre a articulação golpista contra autoridades brasileiras, principalmente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), relator do processo contra o seu pai.