Bannon defende Eduardo como sucessor de Bolsonaro e acusa fraude nas eleições no Brasil

Atualizado em 29 de março de 2023 às 10:51
Steve Bannon e Eduardo Bolsonaro. (Foto: Reprodução)

O ideólogo estadunidense de ultradireita global, Steve Bannon, defendeu o deputado Eduardo Bolsonaro (PL) como o sucessor de Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que a volta do ex-capitão ao Brasil, marcada para a próxima quinta-feira (30), será “incrível”. As informações foram divulgadas pela Folha de S.Paulo após a realização de entrevista com Bannon. O radical de direita, durante a entrevista, voltou a repetir as falsas alegações de fraude nas eleições e afirmou que o futuro da direita populista no mundo é conectado.

Folha: Presidentes direitistas nos Estados Unidos e no Brasil perderam suas campanhas à reeleição. Minha primeira pergunta é… 

Bannon: Eu discordo, não acho que perderam. Trump não perdeu em 2020 e Bolsonaro certamente não perdeu no Brasil [não há indícios de fraude e as eleições nos dois casos foram consideradas limpas e justas].

Com base no que o sr. diz isso?

Lula tem pouco apoio popular e você percebe pela quantidade de pessoas que protestaram contra as eleições. É óbvio que houve roubo no Brasil e provavelmente foi mais escandaloso do que com Trump. Mas isso não vai importar. Trump voltará em 2024 e Bolsonaro voltará, então será uma boa lição para mostrar às pessoas o quanto as instituições podem ser corrompidas facilmente contra o desejo do povo.(…)

Foi uma estratégia ruim?

Minha recomendação seria que não saísse, mas ele saiu, veio aos EUA, foi à CPAC [conferência da direita trumpista em Washington], fez um discurso histórico e comoveu a plateia de maneira incrível. E acho que vai voltar [ao Brasil] e vai ser incrível, vai ser reeleito presidente. Espero que Lula não destrua a economia do Brasil até lá.

Com que frequência o sr. fala com a família Bolsonaro?

Não quero dizer com que frequência exatamente, mas sou muito próximo de Eduardo. Ele será o presidente do Brasil um dia.

Quão conectada é a direita global hoje?

Esse é um dos motivos pelos quais eu me dedico tanto à Europa, ao Japão, converso com grupos pró-democracia na China, que é meu trabalho principal hoje, fizemos a CPAC no México. Eu me dedico tanto ao Brasil porque estamos muito conectados.(…)

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