A banqueira Beatriz Sawaya Botelho Bracher, apoiadora e uma das principais aliadas de Tabata Amaral (PSB) no primeiro turno na eleição para a Prefeitura de São Paulo, doou R$ 50 mil a Guilherme Boulos (PSOL). Ela é herdeira do banco Itaú e já havia feito uma transferência de R$ 150 mil para a candidata.
A doação para a campanha de Boulos ocorreu no dia 3 de outubro, três dias antes da votação em primeiro turno. Na ocasião, Tabata ainda estava na disputa pela prefeitura, mas aparecia em quarto lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás do psolista, de Ricardo Nunes (MDB) e de Pablo Marçal (PRTB).
Além de banqueira, Beatriz é escritora e integrante do Conselho Administração do Instituto Acaia, entidade sem fins lucrativos dedicada à educação. Apesar da doação a Tabata no primeiro turno, ela defendeu o voto útil no deputado federal ainda no primeiro turno.
Ela foi uma das signatárias de manifesto que defendeu uma frente ampla contra bolsonaristas. O documento defendia o voto útil em Boulos como uma forma de evitar que uma “consagração do bolsonarismo” ocorresse no segundo turno, com Nunes e Marçal.
Tabata ficou em quarto lugar no primeiro turno, com 605.552 votos (9,91% do total). O resultado já era esperado, já que diversas pesquisas de intenção de voto divulgadas às vésperas da votação mostravam a candidata com uma porcentagem similar.
Mesmo assim, Tabata se incomodou com o movimento pelo voto útil, dizendo que a iniciativa mostrava “desespero da candidatura de Boulos”.
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