Foi enviado pelo ministro Luís Roberto Barroso à Procuradoria-geral da República (PGR) um pedido apresentado pelo líder da oposição no Senado Federal, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), para investigar o presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta interferência na Petrobras.
Após o jornal Metrópoles afirmar que o ex-presidente da Petrobras, Castello Branco, declarou em um grupo privado que seu antigo celular funcional tinha provas que poderiam incriminar o mandatário, a ação foi apresentada.
Por meio de um grupo de aplicativo de mensagens, Castello Branco teria dito que “se eu quisesse atacar o Bolsonaro, não foi e não é por falta de oportunidade. Toda vez que ele produz uma crise, com perdas de bilhões
de dólares para seus acionistas (Petrobras), sou insistentemente convidado pela mídia para dar minha opinião. Não aceito 90% deles (convites) e, quando falo, procuro evitar ataques”.
E acrescentou: “No meu celular corporativo tinha mensagens e áudios que podem incriminá-lo. Fiz questão de devolver intacto para a Petrobras”.
Barroso ainda solicita que o celular do ex-presidente da Petrobras seja apreendido e periciado. “Nos termos do Regimento Interno do STF, o Tribunal não processará comunicação de crime, encaminhando-a à Procuradoria-Geral da República. Assim, como de praxe, dê-se vista à Procuradoria-Geral da República para manifestação”, disse o ministro.