
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu alta do Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, nesta quinta-feira (16), após ter sido internado na véspera por causa de um mal-estar. O magistrado passou a noite bem, e a principal suspeita é de uma virose, segundo informações apuradas pelo Uol. O diagnóstico definitivo ainda depende dos resultados dos exames laboratoriais.
Em nota oficial, o Supremo informou que o ministro apresentou “melhora no quadro clínico” e foi liberado por volta das 12h45.
“Os médicos do Hospital Sírio-Libanês ainda aguardam resultados de exames, mas liberaram o ministro para seguir com medicação em casa”, diz o comunicado divulgado pela assessoria da Corte. O magistrado permanecerá em repouso e fará acompanhamento médico domiciliar até se recuperar totalmente.
Barroso passou mal na tarde de quarta-feira (15), dentro do próprio tribunal, após uma queda de pressão. Segundo pessoas próximas, ele não chegou a se queixar de dores, mas foi levado ao hospital por precaução.
O episódio ocorreu poucos dias antes de sua aposentadoria oficial, marcada para o próximo sábado (18). A decisão de antecipar a saída do cargo foi comunicada há semanas, e a publicação da aposentadoria ocorreu em edição extra do Diário Oficial da União.
Com a saída de Barroso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) poderá indicar um novo nome para o Supremo. O processo só pode começar formalmente após a vacância do cargo, ou seja, a partir do sábado.

Os principais cotados para a vaga são o advogado-geral da União, Jorge Messias; o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas; e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A decisão deve levar em conta critérios políticos, técnicos e simbólicos, já que movimentos sociais pressionam o governo por uma indicação que amplie a representatividade no tribunal.
Barroso, de 66 anos, poderia permanecer no STF até 2033, quando completaria 75 anos, idade-limite para a aposentadoria compulsória. No entanto, decidiu encerrar sua trajetória antes, após concluir sua gestão como presidente da Corte e em meio a tensões diplomáticas com os Estados Unidos.
O governo Donald Trump incluiu o ministro e outros integrantes do Judiciário brasileiro em uma lista de sanções, sob alegações de “violações de direitos humanos” e “abuso de poder judicial”, medidas que o Itamaraty classificou como “infundadas e inaceitáveis”.