Barroso visita favela em SP e elogia o Bolsa Família: “Foi decisivo”

Atualizado em 8 de novembro de 2023 às 14:16
Ministro Barroso, presidente do STF, em favela da Grande São Paulo. Foto: reprodução

Durante uma visita à Favela dos Sonhos, em Ferraz de Vasconcelos na região metropolitana de São Paulo, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, elogiou o impacto do programa Bolsa Família, destacando sua contribuição para a ascensão de pessoas em situação de pobreza. No entanto, enfatizou a importância da emancipação dos beneficiários, incentivando-os a alçarem voos independentes.

“O Bolsa Família foi decisivo para tirar as pessoas da pobreza, mas é preciso que as pessoas se libertem do benefício e passem a ter um voo próprio”, declarou Barroso.

A visita à comunidade foi parte de um evento de lançamento do projeto-piloto do Favela 3D, uma iniciativa da ONG Gerando Falcões com a missão de erradicar a pobreza no Brasil. Barroso ressaltou a importância de destacar a situação e atrair a atenção da sociedade para as questões enfrentadas pela comunidade.

Ministro Barroso, presidente do STF, em Ferraz de Vasconcelos. Foto: reprodução

“É essencial que nos aproximemos de espaços que enfrentam dificuldades. As pessoas são vítimas da pobreza. O Estado e a sociedade têm um dever ético de participar do projeto de elevação social e emancipação das pessoas”, sublinhou o ministro.

No mesmo dia, durante um evento organizado pelo BTG Pactual, Barroso criticou a política de drogas em vigor no país, descrevendo-a como um “fiasco”. Ele defendeu o debate sobre o assunto no STF e descartou, por enquanto, a inclusão da descriminalização do aborto na pauta.

O julgamento sobre a descriminalização do porte de drogas para uso pessoal foi interrompido em agosto após um pedido de vista do ministro André Mendonça.

Até o momento, o ministro Cristiano Zanin, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em junho, foi o único a discordar e votar contra a descriminalização. No entanto, ele concordou em estabelecer uma quantidade de droga que diferencie o usuário do traficante.

“Atualmente, é a polícia quem decide se é tráfico ou consumo pessoal”, afirmou Barroso, referindo-se também à “exploração mal versada” do tema.

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