“Basta de ver nossas crianças morrerem”, lamenta Janja após morte de Heloísa

Atualizado em 16 de setembro de 2023 às 16:25
A primeira-dama, Janja da Silva. Foto: Reprodução

A primeira-dama Janja da Silva se pronunciou neste sábado (16) sobre a morte da menina Heloísa. A menina de três anos foi atingida por um tiro na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em 7 de setembro e morreu hoje após ter ficado nove dias internada em estado grave.

“Basta de ver nossas crianças morrerem. Quem deveria proteger, mata! Justiça por Heloísa”, comentou ela, em postagem no X (antigo Twitter). A fala de Janja também foi comentada por seus seguidores: “Muito triste… e mais triste ainda é pensar que não será a última”, disse um.

“A PRF e a PM devem ser reformuladas com apoio de politicas transitórias. Assim, até o fim do governo, desta gestão, podemos ter um vislumbre de uma sociedade mais segura. Hoje em dia, temos até medo de dar bom dia aos fardados, que deveriam proteger os contribuintes e não nos matar”, comentou outro.

Confira a publicação de Janja:

Relembre o caso da menina Heloísa

Heloísa dos Santos Silva, de 3 anos, morreu nove dias após ser atingida por um tiro na cabeça durante uma abordagem da Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Rio de Janeiro. A criança estava internada desde o dia 7 de setembro e faleceu neste sábado (16), às 9h22. O agente Fabiano Menacho Ferreira admitiu ter feito o disparo.

O incidente aconteceu quando a família de Heloísa estava em um carro no Arco Metropolitano, na altura de Seropédica. Os policiais da PRF alegaram que seguiram o veículo Peugeot 207, suspeitando que fosse roubado, e tentaram realizar uma abordagem. Durante a ação, três disparos de fuzil foram efetuados, atingindo a menina.

O responsável pelos disparos disse, em depoimento, que escutou som de arma de fogo vindo do carro da família de Heloísa. Segundo ele, essa situação o fez atirar contra os passageiros. Os outros agentes, Matheus Domicioli Soares Viegas Pinheiro e Wesley Santos da Silva, confirmaram a versão do colega.

Heloísa estava internada no Hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, e seu estado de saúde era considerado gravíssimo e instável. Nos últimos dias, ela teve uma parada cardiorrespiratória.

A Polícia Rodoviária Federal e o Ministério Público Federal estão investigando a conduta dos agentes da PRF envolvidos no incidente. Outro agente da PRF, que entrou na unidade de tratamento intensivo onde a menina estava internada, está sob investigação. Sua ida ao hospital foi feita sem autorização e as motivações para sua presença estão sendo apuradas. O agente poderá enfrentar acusações de abuso de autoridade.

Imagens das câmeras de segurança do hospital mostram o agente, que não teve o nome divulgado, entrando no local, sem se identificar, e sendo seguido por um segurança até o corredor da emergência pediátrica.

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