Ladies & Gentlemen:
Boss me conta que nos programas esportivos brasileiros os jornalistas debatem loucamente se Bauza deveria ou não aceitar um eventual convite para a seleção argentina.
Eis uma questão incompreensível, para mim.
Caso Bauza seja realmente convidado, ele teria que ser maluco para não aceitar dirigir a Argentina.
Comparemos as duas alternativas que se poriam para Bauza.
1) O São Paulo: é um time limitado. Vem de uma eliminação na Libertadores e ocupa uma posição intermediária no campeonato brasileiro. São remotas as chances de que o Tricolor se classifique para as próximas Libertadores.
2) A Argentina: é uma das melhores seleções do mundo, se não a melhor. Em breve a Argentina disputará uma Copa do Mundo. É o time de Messi, e mais não precisa ser dito. É verdade que Messi afirmou que não joga mais pela seleção, mas por que ele não pode voltar atrás, ainda mais se o novo técnico for de ser agrado?
É diferente a situação de Tite. O Corinthians estava e está numa situação bem melhor que a do São Paulo. E, para completar, a seleção brasileira é bem pior que a argentina.
Tite tinha razões para hesitar, e mesmo assim optou pela seleção. Bauza não tem motivo nenhum para ficar no São Paulo se for mesmo convidado.
Até porque, experiente como é, sabe que o Tricolor o demitirá sem piedade caso o time não melhore substancialmente em breve. Mesmo minha mulher, uma escocesa patusca que adora me contrariar, concorda que Bauza deve ir.
Se ele ficar, é porque poderia ser o inspirador de Balada para un Loco, de Piazzolla.
Sincerely.
Scott
Tradução: Erika Kazumi Nakamura