Neste domingo (7), um grupo de soldados do Benin anunciou, através da televisão estatal, que havia tomado o poder, alegando ter formado um comitê militar liderado pelo coronel Tigri Pascal. O golpe, entretanto, foi rapidamente contido, segundo o governo, que afirmou que a situação estava sob controle.
O ministro do Interior, Alassane Seidou, fez um pronunciamento esclarecendo que a ação era um motim de um “pequeno grupo de soldados” e pediu respeito à Constituição do país. As informações são do g1.
Durante a transmissão da televisão estatal, os soldados anunciaram a dissolução das instituições nacionais e o fechamento das fronteiras aéreas, terrestres e marítimas.
A situação gerou tiros em Cotonou, a maior cidade do Benin, e a embaixada da França em Cotonou pediu aos cidadãos para permanecerem em casa. A tentativa de golpe ocorre em meio a preparativos para as eleições presidenciais de 2026, marcando o fim do mandato do presidente Patrice Talon, que está no poder desde 2016.
Apesar da tentativa de golpe, o governo beninense garantiu que a ordem estava sendo restaurada, com forças leais a Talon controlando a situação. A tentativa de golpe também foi condenada pela União Africana, que exigiu respeito à Constituição do Benin. Além disso, a coalizão governista havia nomeado o ministro das Finanças Romuald Wadagni como candidato, com a intenção de continuar as políticas econômicas implementadas por Talon.
A crise no Benin ocorre em um contexto de crescente violência no norte do país, com ataques jihadistas cada vez mais frequentes, algo comum na região. No entanto, Talon foi elogiado por revitalizar a economia do país. O governo também promulgou uma nova Constituição que estendeu o mandato presidencial de cinco para sete anos, medida criticada por opositores como uma forma de consolidar o poder.
A tentativa de golpe no Benin faz parte de uma sequência de instabilidade política na África Ocidental e Central, com diversos golpes de Estado ocorrendo nos últimos anos. O Benin, no entanto, se destacava como um exemplo de regularidade eleitoral na região até o ocorrido.