Bispos, apoiados pela sociedade, divulgarão Carta dia 11. Por Marcelo Auler

Atualizado em 9 de agosto de 2020 às 11:29
Bispos, apoiados pela sociedade, divulgarão Carta dia 11. Foto: Reprodução/Blog do Marcelo Auler

Publicado originalmente no blog do autor

Após esperarem uma manifestação – que não ocorreu – do Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), bispos que organizaram a Carta ao Povo de Deus – divulgada pela jornalista Mônica Bergamo, em 26/97, na Folha de S. Paulo – decidiram, em reunião no sábado (08/08), divulgar oficialmente o documento no próximo dia 11 (terça-feira), quando a igreja comemora o dia de Santa Clara. Até lá, o documento que inicialmente continha cerca de 150 assinaturas, tal como mostramos em Carta ao Povo de Deus: CNBB se cala, padres apoiam, poderá receber novas adesões.

Neste domingo (09/08) quando movimentos da sociedade civil, a começar pelo Projeto Brasil Nação, promoverão um ato ecumênico virtual em apoio à carta dos bispos, três representantes do episcopado brasileiro – dom Leonardo Ulrich Steiner, arcebispo de Manaus,(AM), dom Vicente de Paula Ferreira, bispo auxiliar de Belo Horizonte (MG) e dom Zanoni Demettino Castro, arcebispo de Feira de Santana (BA) e bispo referencial da Pastoral Afro-Brasileira da CNBB, em mensagem gravada irão agradecer o apoio e conclamar a todos que assuma os compromisso que o documento propõe.

Inicialmente a Carta ao Povo de Deus, com um forte posicionamento contrário ao governo de Jair Bolsonaro, seria divulgada em 22 de julho, doa da Santa Maria Madalena, considerada a “Apóstola dos Apóstolos”. Os organizadores do documento, porém, preferiram antes apresentá-la ao Conselho Permanente da CNBB, composto pela diretoria da entidade e os presidentes das 18 Regionais e das suas 14 Comissões. Esperavam um pronunciamento dele.

Na última quarta-feira (05/08) durante a reunião do Conselho Permanente a Carta ao Povo de Deus n]ao foi discutida. Não houve qualquer manifestação. a cúpula da CNBB preferiu da ênfase a outro documento, o Pacto Pela Vida e Pelo Brasil que a entidade assinou junto com a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), a Associação Brasileira de Imprensa (ABI) a Comissão Arns de Defesa dos Direitos Humanos, a Academia Brasileira de Ciências (ABC) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), divulgado em 7 de abril, dia mundial da saúde.

É um documento forte, mas fica aquém do posicionamento dos bispos na Carta.

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