Blaze: Justiça bloqueia R$ 101 milhões da plataforma que promove jogos ilegais no país

Atualizado em 17 de dezembro de 2023 às 22:10
A interface da plataforma Blaze, que teve R$ 101 milhões bloqueados. Reprodução TV Globo

Neste domingo (17), o programa Fantástico apresentou uma investigação realizada em São Paulo sobre o “Jogo do Aviãozinho”. A Blaze, plataforma digital que comporta o ‘game’ teve mais de R$ 100 milhões bloqueados pela Justiça, e a polícia reuniu indícios de que os apostadores não estavam recebendo os prêmios.

O “Crash”, também conhecido como “Jogo do Aviãozinho”, é um dos principais jogos oferecidos por tal plataforma. Nele, o valor do prêmio aumenta conforme o avião voa, e o apostador deve decidir quando encerrar o voo para evitar a palavra “Crashed” e perder a aposta.

Tais jogos, assim como outros oferecidos pela Blaze, são ilegais no Brasil, sujeitos a penalidades para empresas, apostadores e divulgadores, incluindo diversos influenciadores em redes sociais.

Influenciada fazendo “publi” da Blaze no Instagram. Reprodução TV Globo

A polícia de São Paulo iniciou a investigação após apostadores denunciarem que prêmios mais altos não estavam sendo pagos pela plataforma, levantando suspeitas de estelionato. Algumas vítimas compartilharam experiências de manipulação e dificuldades para sacar os prêmios.

Na mesma decisão que bloqueou R$ 101 milhões da Blaze, a Justiça determinou que o site fosse retirado do ar, mas a ordem não teve efeito. A Blaze, que não possui sede ou representantes legais no Brasil, continua operando com diferentes endereços eletrônicos.

Relatórios financeiros indicam que parte do dinheiro arrecadado pela Blaze é destinada a três brasileiros, supostos donos ocultos da empresa, de acordo com a polícia.

Os advogados contratados pela Blaze alegam que a empresa tem sede em Curaçao, argumentando que sua atividade não configura infração penal, mesmo com apostadores brasileiros.

Eles citam um caso semelhante em que o Ministério Público de SP pediu o arquivamento do inquérito, e um juiz revogou a decisão de bloqueio do site.

Todos os influenciadores destacados na reportagem estão sendo investigados e foram contatados pelo Fantástico. Viih Tube afirmou que, ao tomar conhecimento das denúncias, solicitou o encerramento do contrato com a Blaze.

Juju Ferrari afirmou que não divulga mais a Blaze e que sua relação era apenas de publicidade. A assessoria de Jon Vlogs mencionou que ele tem contrato com a Blaze desde 2021, sendo exclusivamente um influenciador, sem participação acionária. Não houve retorno de contato de Rico Melquiades, MC Kauan, Mel Maia e Juju Salimeni.

Participe de nosso canal no WhatsApp, clique neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link