Blitze eleitoral: No 2° turno, PRF escalou mais agentes de folga em estados onde Lula venceu

Atualizado em 17 de abril de 2023 às 10:45
Agente da PRF – Foto: Divulgação/PRF

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) escalou mais agentes de folga para trabalhar nas blitze no segundo turno das eleições de 2022 em estados onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ganhou no primeiro turno.

De acordo com um documento interno da corporação obtido pelo UOL, o efetivo extra foi usado principalmente em regiões do Norte e Nordeste, em redutos eleitorais do petista.

A PRF, no entanto, afirmou que os policiais foram empenhados com base em análise técnica e que 65% dos crimes eleitorais no primeiro turno aconteceram nessas duas regiões. Na época, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) contestou os bloqueios.

PRF – Foto: Divulgação/PRF

Lula ganhou no primeiro turno no Amazonas, Pará, Amapá, Maranhão, Tocantins, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Sergipe, Bahia e Minas Gerais. Foram nesses estados onde houve reforço de efetivo com hora extra pago pela PRF.

Segundo a PRF, o foco da operação era evitar possíveis crimes eleitorais. Entretanto, essa série de blitze trouxe consequências. Diversos eleitores chegaram atrasados a seus locais de votação. Vale destacar que o TSE chegou a ampliar o horário para as pessoas votarem, além de pedir explicações à PRF.

O custo total da operação foi de mais de R$ 1,3 milhão. A sede da PRF que mais gastou com a ação foi a de Minas Gerais (R$ 107,1 mil), seguida pela da Bahia, que pagou R$ 93,6 mil. Foi justamente para a Bahia que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres viajou dias antes do segundo turno.

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