“Bohemian Rhapsody” chega à China sem cenas gays e de consumo de drogas

Atualizado em 27 de fevereiro de 2019 às 16:50

Do Uol

O Queen no filme “Bohemian Rhapsody”

Após a TV local censurar a palavra “gay” no discurso do ator Rami Malek no Oscar, a China lançará o filme “Bohemian Rhapsody” sem as cenas homossexuais de Freddie Mercury nem as que fazem referência ao uso de drogas, publicou a revista “The Hollywood Reporter”.

Segundo o site da publicação, cerca de um minuto do longa será removido na versão que chegará aos cinemas do país, provavelmente em meados de março.

Sucesso global de bilheteria e longa mais premiado no Oscar, o filme será lançado de forma limitada na China, via National Alliance of Arthouse Cinemas (NAAC), uma iniciativa público-privada dirigida pela China Film Archive e apoiada pelo Estado e por um consórcio de exibidores. No entanto, se a bilheteria for alta, o longa pode ser lançado em mais salas.

Governada pelo Partido Comunista, a China não tem uma política clara sobre cenas gays e de consumo de drogas nos meios de comunicação, mas costuma removê-las sem sobreaviso. Dirigido pelo chinês Ang Lee, o sucesso “Brokeback Mountain” (2005), por exemplo, não foi lançado comercialmente no país.

De acordo com a “The Hollywood Reporter”, conteúdos homossexuais não são expressamente proibidos nos cinemas, mas não podem ser exibidos na TV chinesa e, desde 2017, nem em serviços de streaming.

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