Bolsa fecha 2023 com melhor desempenho em 4 anos e dólar tem queda anual de 8%

Atualizado em 28 de dezembro de 2023 às 19:42
Painel mostra variação de mercado na B3. Foto: Diana Cheng/Money Times

A Bolsa brasileira encerrou 2023 com alta acumulada de 22,3%, melhor desempenho anual desde 2019. O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores do país, manteve a estabilidade nesta quinta (28), encerrando a sessão com 134.185 e mantendo o recorde registrado nesta quarta (27), quando ultrapassou os 134 mil pontos pela primeira vez. Houve uma oscilação de -0,01% em relação ao dia anterior.

O dólar terminou o dia em alta de 0,42%, a R$ 4,852, mas acumulou uma queda total de 8,08% em relação ao real em 2023, maior recuo anual desde 2016. A moeda brasileira foi apoiada principalmente pela aprovação de medidas como o arcabouço fiscal e a reforma tributária, que contribuíram para o bom desempenho do Ibovespa.

O dólar começou o dia caindo, mas voltou a subir no fim da manhã. O movimento acompanhou a alta dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano. A avaliação do mercado, no entanto, é que ainda há espaço para uma queda no valor do dólar na virada de 2023 e 2024.

O mercado também ponta que há uma melhora na meta fiscal ao longo do ano, com o esforço da equipe econômica do governo para aumentar a arrecadação e alcançar a meta de déficit primário zero em 2024.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Evaristo Sá/AFP

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou medidas que buscam um aumento na arrecadação federal nesta quinta (28). As propostas incluem limitar a compensação tributária com decisões judiciais acima de R$ 10 milhões num prazo de cinco anos e uma mudança na lei do Perse (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos), que oferece benefícios a empresas aéreas e companhias ligadas a entretenimento.

Outro fator que influenciou na melhoria da bolsa foi a divulgação de novos dados de inflação pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A inflação medida pelo IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) fecha o ano com a menor taxa desde 2018, mesmo com um aumento de 0,4%.

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