O dólar comercial fechou nesta terça-feira (12) em queda de 1,06%, cotado a R$ 5,3855, o menor valor desde junho de 2024. O movimento ocorreu após a divulgação de dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos abaixo das expectativas do mercado. O Ibovespa avançou 1,69%, encerrando o pregão aos 137.914 pontos.
No Brasil, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,26% em julho, ante previsão de 0,36%. Em 12 meses, o indicador acumula alta de 5,23%, acima da meta de 3% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional. O grupo Habitação liderou as altas, com aumento de 3,04% na energia elétrica residencial, enquanto Alimentação e bebidas registrou deflação de 0,27% pelo segundo mês seguido.
Nos Estados Unidos, o índice de preços ao consumidor (CPI) avançou 0,2% em julho e 2,7% em 12 meses, levemente abaixo da estimativa de 2,8%. Os resultados elevaram as apostas de que o Federal Reserve reduzirá a taxa básica de juros na reunião de setembro. Donald Trump reforçou o pedido por cortes e anunciou a nomeação do economista E.J. Antoni para comandar o Bureau of Labor Statistics, substituindo Erika McEntarfer, a quem acusou, sem apresentar provas, de manipular dados.
Na agenda política, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou por telefone com o presidente da China, Xi Jinping. Eles discutiram a atuação conjunta no G20 e nos Brics, além das tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros. Lula classificou as sobretaxas como medidas unilaterais e reforçou a importância da parceria com Pequim para a COP 30 e no combate às mudanças climáticas.
Nos mercados externos, as bolsas de Nova York fecharam em alta, impulsionadas pelos números de inflação. O S&P 500 subiu 1,13%, o Nasdaq 1,37% e o Dow Jones 1,09%. Na Europa, o índice Stoxx 600 avançou 0,24%, enquanto na Ásia os ganhos vieram após Trump estender por 90 dias a suspensão de tarifas sobre importações chinesas.
Com o cenário favorável, o dólar acumula queda de 0,92% na semana, 3,84% no mês e 12,85% no ano. O Ibovespa, por sua vez, soma altas de 1,47% na semana, 3,64% no mês e 14,66% em 2025.