Bolsolão do asfalto: Cartel fraudou licitações de R$ 1 bi no governo Bolsonaro, diz TCU

Atualizado em 10 de outubro de 2022 às 7:49
Anel viário de Imperatriz (MA), obra da Codevasf realizada pela Engefort. Foto: Adriano Vizoni

Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) revelou a atuação de um cartel de empresas de pavimentação em fraudes a processos licitatórios na estatal Codevasf durante governo do presidente Jair Bolsonaro. O valor desviado soma mais de R$ 1 bilhão, revelou o relatório do órgão fiscalizador.

O TCU apontou que um grupo de empresas atuou conjuntamente em licitações tanto em Brasília, sede da estatal, quanto em superintendências regionais espalhadas pelo país. A construtora Engefort seria a principal beneficiada do esquema, amealhando uma quantia de R$ 892,8 milhões em editais – a maioria no ano de 2021.

Apesar disso, o ministro do TCU responsável pela relatoria do caso, Jorge Oliveira não suspendeu o início de novas obras ligadas às licitações suspeitas de fraude, contrariando assim o parecer técnico do tribunal. Oliveira foi indicado ao TCU por Bolsonaro. Com informações de Folha.

A Codevasf faz parte do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e foi comandada por Rogério Marinho (PL-RN) na maior parte do período a que se referem as denúncias. Marinho assumiu este mês a coordenação da campanha de Jair Bolsonaro no Rio Grande do Norte e foi eleito senador pelo estado na última eleição.

Em nota, a estatal afirmou que “os procedimentos licitatórios da instituição são realizados de acordo com leis aplicáveis, por meio do portal de compras do governo federal, e são abertos à livre participação de empresas de todo o país”.

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