Bolsonarismo avança contra católicos como fez a evangélicos. Por Fernando Brito

Atualizado em 18 de outubro de 2022 às 7:32
Foto: Reprodução

Por Fernando Brito

O bolsonarismo já transformou parte da igreja evangélica em grupos de intolerância. Talibanizou-os, como já disse aqui.

Agora, na reta final da campanha, tenta fazer o mesmo com parte do catolicismo.

Depois das vaias à homilia do arcebispo de Aparecida, em pleno dia da santa padroeira do Brasil, da profanação de missas, agora são os ataques ao cardeal-arcebispo de São Paulo. D Odilo Scherer, apenas porque ele lançou um apelo à tolerância.

Até a tradicionalísssima veste cardinalícia, por ser vermelha, passou a ser sinal de “comunismo”.

“Tempos estranhos esses nossos! Conheço bastante a história. Às vezes, parece-me reviver os tempos da ascensão ao poder dos regimes totalitários, especialmente o fascismo. É preciso ter muita calma e discernimento nesta hora!”, escreveu no fim da tarde. “Se alguém estranha minha roupa vermelha (perfil), saiba que a cor dos cardeais é o vermelho (sangue), simbolizando o amor à Igreja e prontidão ao martírio, se preciso for. Deus abençoe a todos. Mas ninguém machuque ninguém!”.

É inimaginável que já atacam a alta hierarquia católica e que, na base, seus adeptos quase avançam sobre os padres que não transformam o altar em palanque.

O bolsonarismo penetra corrosivamente em todas as instituições, inclusive as não estatais.

Publicado originalmente em Tijolaço

Participe de nosso grupo no WhatsApp, clicando neste link
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link