
O bolsonarista George Washington de Oliveira Sousa, condenado por planejar um atentado à bomba no Aeroporto Internacional de Brasília, foi preso na noite desta terça (9) no bairro Guará, no Distrito Federal. A detenção ocorreu às 20h30, e ele foi levado para a 1ª Delegacia de Polícia Civil.
Segundo a coluna de Bela Megale no jornal O Globo, o bolsonarista estava foragido desde o fim de junho, quando teve mandado de prisão expedido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O caso ganhou novo destaque porque Moraes citou o episódio durante o julgamento da trama golpista que envolve Jair Bolsonaro e outros réus. O magistrado acolheu denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), que acusou Sousa de associação criminosa armada, tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e atentado contra a segurança de transporte.
Em julho, após tentativas frustradas de localizar o réu, Moraes determinou sua notificação por edital, registrando que Sousa estava “foragido e, portanto, em local incerto e não sabido”. Ele havia sido condenado na primeira instância a nove anos de prisão.

O crime ocorreu em dezembro de 2022, quando Sousa colocou um artefato explosivo em um caminhão-tanque nas proximidades do aeroporto de Brasília. O artefato não chegou a explodir devido a uma falha técnica, evitando uma tragédia.
O bolsonarista chegou a ser preso preventivamente, mas em fevereiro deste ano passou para o regime aberto. Mesmo assim, voltou a ser alvo de mandado de prisão, desta vez expedido pelo STF, após as investigações conectarem o caso aos atos de 8 de janeiro.
O próprio réu confessou que gastou cerca de R$ 170 mil em armas para preparar um possível atentado em Brasília. Esse dado foi incluído na denúncia da PGR, que relacionou os atos de Sousa a movimentos golpistas mais amplos contra o Estado Democrático de Direito.