Bolsonarista que matou petista com 70 facadas em MT é condenado a 14 anos de prisão

Atualizado em 5 de setembro de 2023 às 0:23
Rafael Silva de Oliveira e agente da polícia caminhando de costas
Rafael Silva de Oliveira confessou assassinato – Reprodução

A Justiça de Mato Grosso condenou o bolsonarista Rafael Silva de Oliveira, de 24 anos, a 14 anos de prisão pelo homicídio triplamente qualificado contra Benedito Cardoso dos Santos, que tinha 42 anos e era apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O crime aconteceu em setembro do ano passado, durante uma discussão política em Confresa, a 1.180 km de Cuiabá. Com informações da Folha de S.Paulo.

Os jurados do Tribunal do Júri de Porto Alegre do Norte acolheram as qualificadoras que foram apresentadas na denúncia e entenderam que o assassinato ocorreu por motivo fútil, com recurso que dificultou a defesa da vítima e com meio cruel. O julgamento foi realizado em 24 de agosto e ainda caberá recurso.

Na época do crime, a polícia informou que o acusado matou seu colega de trabalho a facadas depois de uma discussão política em uma fábrica de cerâmicas. Ele confessou o assassinato em depoimento e contou que, quando a discussão ficou acalorada, eles trocaram socos. A confissão serviu como atenuante para redução de pena no julgamento.

Segundo o delegado Higo Rafael Ferreira de Oliveira, o autor do assassinato tentou decapitar a vítima com um machado, mas não teve sucesso. Rafael ainda filmou o corpo com o celular.

Rafael Silva de Oliveira olhando pra câmera com expressão séria
Rafael Silva de Oliveira foi condenado a 14 anos de prisão – Reprodução

O exame de necropsia feito pela Polícia Civil concluiu que Benedito morreu com 70 golpes de faca e machado. Já na sentença, o juiz Daniel de Sousa Campos classificou como graves as circunstâncias do crime: “Os motivos são desfavoráveis, em razão da futilidade reconhecida pelos jurados”.

O homicídio foi um dos crimes que marcou o período eleitoral no ano passado, em um pleito que foi polarizado entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT). Na ocasião, o petista chegou a repudiar o ato de violência, se referindo ao caso como “selvageria”.

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Jessica Alexandrino
Jessica Alexandrino é jornalista e trabalha no DCM desde 2022. Sempre gostou muito de escrever e decidiu que profissão queria seguir antes mesmo de ingressar no Ensino Médio. Tem passagens por outros portais de notícias e emissoras de TV, mas nas horas vagas gosta de viajar, assistir novelas e jogar tênis.