
O presidente do Banco Central Roberto Campos Neto, simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pode ser exonerado do cargo antes do final de seu mandato, que tem duração até 2024.
De acordo com informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, o bolsonarista é alvo de diversas críticas feitas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pode ser tirado do cargo por incompetência, segundo a Lei 179/19.
A lei diz que o presidente da instituição pode ser exonerado quando apresentar “comprovado e recorrente desempenho insuficiente para o alcance dos objetivos do Banco Central do Brasil”.
Para aliados do presidente petista, isso pode ser usado contra Campos Neto. Uma vez que ele estourou a meta de inflação por dois anos consecutivos, em 2021 e 2022. No entanto, há receio de que a exoneração provoque impactos no valor do dólar, na bolsa e nos ativos brasileiros cotados no exterior.
Integrantes do governo Lula ainda avaliam que o apoiador do ex-chefe do Executivo tenta atender os planos de Bolsonaro de provocar uma crise, principalmente no setor produtivo, que depende de empréstimos para fazer investimentos.
Vale destacar que, em 2021, a meta definida pelo Conselho Monetário Nacional era de 3,75%, podendo chegar a no máximo 5,25%. Ela foi de 10,06%. O que se repetiu em 2022. A inflação chegou a 5,79%.