Bolsonarista, senador Romário politiza morte de brasileira na Indonésia

Atualizado em 24 de junho de 2025 às 20:22
A brasileira Juliana Marins, morta em um vulcão na Indonésia e o senador Romário. Fotomontagem

O senador bolsonarista Romário (PL-RJ) usou o desaparecimento e posterior morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, para pressionar publicamente o Itamaraty e a Comissão de Relações Exteriores do Senado.

Mesmo sem evidências de omissão por parte da diplomacia brasileira, o ex-jogador se apressou em cobrar “providências urgentes” e acionar a comissão presidida por Nelsinho Trad (PSD-MS), em gesto interpretado nos bastidores como tentativa de capitalizar politicamente a comoção.

Nas redes sociais, Romário convocou o chanceler Mauro Vieira e a embaixada brasileira na Indonésia, pedindo apoio consular à família de Juliana, natural de Niterói (RJ). Após a confirmação da morte da jovem, vítima de um acidente em trilha de alta dificuldade no Monte Rinjani, o senador voltou a publicar, desta vez com tom de lamento e homenagem à vítima.

Especialistas em montanhismo e segurança criticaram a falta de estrutura de resgate local e o despreparo da equipe que acompanhava Juliana. Nenhuma dessas falhas, porém, está sob responsabilidade direta do governo brasileiro. Ainda assim, Romário insistiu em cobrar ações do Itamaraty, gerando críticas quanto ao uso político da tragédia.

O episódio abriu espaço para debates legítimos sobre segurança em turismo de aventura e assistência consular a brasileiros no exterior. A postura do senador, alinhado ao bolsonarismo,  demonstrou o uso político do fato para desgastar o governo Lula.