O blogueiro bolsonarista Wellington Macedo de Souza, um dos três acusados de tentar explodir bomba em Brasília, repassou R$ 99 mil a empresa de dirigente do PTB. Ele foi candidato a deputado federal na última eleição pelo partido em São Paulo e escolheu a companhia para prestar serviços de campanha. A informação é da Folha de S.Paulo.
Usando de slogan “preso político” e com o nome na urna “Jornalista Wellington Macedo”, ele já teve cargo no governo de Jair Bolsonaro e acumula diversos processos e um prisão por conta de manifestações golpistas e violentas.
Em sua campanha, o bolsonarista recebeu R$ 175 mil do diretório estadual da sigla e repassou R$ 99 mil para a ALK Ronzani Publicidade, Propaganda e Marketing. A empresa pertence a Roberto Ronzani, presidente do PTB em Guarulhos (SP).
Além dele, contrataram os serviços da empresa Rosângela Moro (União Brasil), Cristiane Brasil e Adrilles Jorge (ambos do PTB). No total, eles repassaram R$ 1 milhão para a companhia de Ronzani. A sigla já disse que expulsará Macedo e o dono da empresa contratada negou qualquer irregularidades.
Nomeado assessor no Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos durante a gestão de Damares Alves, em 2019, ele não foi eleito na última disputa. Obteve somente 1.118 votos na ocasião.
O bolsonarista se tornou réu em ação no Tribunal de Justiça do Distrito Federal na última terça (10) por tentativa de explodir bomba em caminhão de combustível próximo ao aeroporto de Brasília. Também foram processados Alan Diego dos Santos e George Washington de Oliveira Sousa.
Macedo foi preso em 2021 pela Polícia Federal no âmbito de inquérito que investigava a organização de manifestações violentas no 7 de Setembro. Ele cumpria prisão domiciliar e estava de tornozeleira eletrônica desde aquele ano.