
Um bolsonarista tentou invadir o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) e esfaquear ministros da Corte. O episódio ocorreu no dia em que o ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, no último dia 11, e revelado nesta sexta (26).
Segundo a coluna Radar, na revista Veja, o bolsonaria foi preso quando estava próximo à Estátua da Justiça. Ele exigia ser levado até um ministro e, ao ser revistado, policiais encontraram escondida uma faca de açougue, que seria apresentada a algum integrante da Corte.
Embora sem maiores consequências imediatas, a cena não é isolada. Segundo relatos, situações de risco têm se multiplicado nos últimos meses, envolvendo tanto tentativas de invasão quanto mensagens de intimidação.
As ameaças se intensificaram após a condenação de Bolsonaro. O desfecho provocou uma onda inédita de manifestações de ódio contra a Corte, especialmente em plataformas digitais, onde ministros foram alvos de ataques coordenados.

Além das redes sociais, os gabinetes dos magistrados foram inundados por e-mails com ameaças de morte e intimidações. O crescimento dos episódios levou a Polícia Federal a abrir um novo lote de inquéritos para apurar as mensagens e identificar os autores.
Relatórios internos apontam que a escalada da violência não é recente. Há um ano, já havia sido relatado um aumento de episódios graves, com pedidos do STF para que a Polícia Federal atuasse na proteção dos ministros. Desde então, o número de investigações só cresceu.
O ministro Edson Fachin assume a presidência do STF na próxima segunda (29) com uma missão considerada a mais delicada por seus colegas: reduzir a pressão de ataques e ameaças contra a Corte.