Nos bastidores, bolsonaristas admitem que a ação do PL para anular os votos de algumas urnas no segundo turno da eleição só serve para estimular protestos. Um ministro avisou a Valdemar Costa Neto de que o pedido não teria chances de prosperar, mas o presidente do PL disse que insistiria na ideia. A informação é da coluna de Bruno Boghossian na Folha de S.Paulo.
Valdemar argumentou que causaria uma rebelião na bancada bolsonarista do partido caso não prosseguisse com a ação. Nem mesmo aliados de Jair Bolsonaro acreditam que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terá efeito no resultado da disputa.
A ideia da ação enviada à corte é dar um verniz político às acusações falsas de fraude e estimular protestos de bolsonaristas. Parlamentares da sigla acreditam que a medida é suficiente para incendiar os manifestantes que não aceitaram a derrota.
A provável rejeição também deve ser usada para sugerir que existe má fé do TSE em relação a Bolsonaro. Aliados do presidente pretendem acusar a corte de desinteresse em investigações que possam confirmar as teses golpistas.
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