Bolsonaristas buscam em Freud inspiração para salvar Mario Frias na briga com Adnet

Atualizado em 6 de setembro de 2020 às 9:21

Após a briga sangrenta com Marcelo Adnet, que teve até o reforço da Secom, a milícia bolsonarista deixou o astrólogo Olavo de Carvalho de lado e foi buscar inspiração em Freud.

Tática: se apropriar da teoria freudiana da projeção.

O psicanalista austríaco ensinou que a projeção é um mecanismo de defesa no qual os atributos pessoais de determinado indivíduo, especialmente os inaceitáveis ou indesejados, são atribuídos a outra pessoa.

Ocorre quando os sentimentos ameaçados ou inaceitáveis são reprimidos e você sem mais delongas culpa o outro pelos seus próprios problemas.

Frias foi satirizado por Adnet por protagonizar um vídeo em que até a velhinha de Taubaté considerou cafona e sem pé nem cabeça.

O humorista bolou um roteiro envolvendo Faustão, o presidente atrapalhado em escândalos e o ator de segunda linha em cena patética.

Foi a gota d´agua para a turma sentir o golpe.

Frias partiu para cima de Adnet num tuíte que viralizou pela deficiência técnica – na forma e no conteúdo. Caiu no ridículo e precisou ser socorrido pela Secom, que piorou ainda mais as coisas. Chegou ao ponto de ameaçar um deputado usando a tropa da PF como dublês de seus capangas.

O caldo entornou.

O que fazer num momento desses? Culpar o outro, oras!

Como? Projetando nele, lá do fundo do inconsciente, nosso próprio jeito de ser.

Batata.

O domingão amanheceu com um Adnet crucificado nas redes.

É a milícia bolsonarista tentando salvar Frias e culpando o humorista por fazer o seu trabalho: divertir um pouco o Brasil nesta triste era Bolsonaro.