Bolsonaristas convocam atos antidemocráticos para 8 de janeiro

Atualizado em 30 de dezembro de 2023 às 7:45
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Foto: reprodução

O Ministério da Justiça identificou convocações nas redes sociais para eventos em várias cidades do país no dia 8 de janeiro de 2024. No entanto, a adesão até o momento tem sido limitada, segundo declarações do secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar.

Embora os achados não causem alarme, o governo continua monitorando ativamente a situação para prevenir possíveis surpresas. A data ganhou destaque devido aos atos terroristas promovidos por simpatizantes do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas sedes dos Três Poderes em Brasília.

Brasília, em especial, é uma preocupação devido a um evento institucional planejado no Senado para marcar a data.

“Há sinais detectados que estão chamando [atos], mesmo depois de toda a gravidade do que aconteceu e da consequência, com a prisão de pessoas. Ainda assim você tem indicativos abertos chamando para manifestações em todos os estados”, disse Alencar à Folha de S.Paulo.

O monitoramento das redes está a cargo da área de cyberlab do Ministério da Justiça, que afirma não haver indícios de movimentos significativos de mobilização.

“Não tem nenhum sinal objetivo de que há algo consistente que ocorrerá no dia 8 de janeiro. Mas nós não podemos nos fiar nisso. Eu acho que todos aprendemos que qualquer cautela não é excessiva, é sempre adequada”, ressaltou Tadeu.

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O secretário nacional de Segurança Pública, Tadeu Alencar. Foto: reprodução

Segundo Alencar, há no DF questões “pontuais”. “Tem uma manifestação no Instagram, numa rede social, mas assim, nada que você detecte que é algo que tenha uma organicidade maior”, afirmou. “Mas volto a dizer, a gente não pode dizer que isso não esteja acontecendo, que não está sendo, que habitualmente pode não estar sendo detectado”

Já Sandro Avelar, secretário de Segurança do Distrito Federal, disse que, apesar da ausência de “grandes movimentos planejados”, já foi decidido reforçar a segurança na região.

“Estamos adotando medidas preventivas, incluindo um contingente policial substancial para atuar conforme necessário”, mencionou Avelar. Ele descreveu o plano, que contempla a segurança das instituições legislativas, reforço do efetivo militar para proteção do Planalto e a possibilidade de fechamento da Esplanada dos Ministérios, se necessário.

“Estamos monitorando as redes, não há, por enquanto, indicativos de manifestações com grande volume de pessoas. De qualquer sorte, estamos nos antecipando, envolvendo as corporações do DF e as federais, com troca de informações de inteligência e planejamento operacional conjunto”, acrescentou.

Recentemente, em uma reunião liderada pelo secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, com representantes de todas as esferas de segurança, foi discutido o planejamento para o evento de 8 de janeiro.

Cappelli reforçou a falta de atividades preocupantes até o momento: “O que a gente tem monitorado é ameaça, ataques a instituições democráticas e as instituições, mas até agora não há nada que preocupe”.

A reunião contou com a presença de representantes da PRF, Polícia Federal, Força Nacional, Secretaria de Segurança Pública do DF, Senado, Câmara dos Deputados, Supremo Tribunal Federal e GSI (Gabinete de Segurança Institucional).

Uma próxima reunião está agendada para 4 de janeiro para finalizar o plano de segurança.

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