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A nova pesquisa Quaest, divulgada nesta quarta-feira (8), acendeu o alerta entre aliados de Jair Bolsonaro (PL). O levantamento mostrou que o presidente Lula (PT) recuperou terreno na opinião pública, atingindo 48% de aprovação, enquanto a desaprovação ficou em 49%, empate técnico dentro da margem de erro.
É o melhor resultado de Lula desde janeiro, o que levou parlamentares bolsonaristas a apontarem o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e a divisão da direita como as principais causas do avanço petista, conforme informações da colunista Bela Megale, do Globo.
Lideranças de partidos como PL e PP afirmam que as movimentações de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos, onde o deputado busca apoio internacional e sanções contra o Brasil para pressionar pela anistia do pai, têm prejudicado a imagem da direita no país.
Segundo aliados, a população vê o parlamentar como alguém “trabalhando contra o próprio país”, o que acaba fortalecendo Lula politicamente.
Congressistas próximos ao ex-presidente acusam Eduardo de atuar em um projeto pessoal que “destrói a centro-direita” e desorganiza o campo conservador. O próprio deputado já declarou que não apoiará um nome de direita ligado ao “sistema”, dizendo considerar o pai “refém” do PL e de líderes de centro.

Disputa interna
Eduardo Bolsonaro também já afirmou que pretende disputar a Presidência em 2026, mesmo que outros nomes da direita — como os governadores Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Ratinho Júnior (Paraná), ou a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro — entrem na corrida presidencial contra Lula.
Nos bastidores, parlamentares avaliam que esse comportamento contribui para a fragmentação do campo bolsonarista. A percepção é de que a direita se enfraquece com embates públicos entre suas principais lideranças, o que abre espaço para o crescimento de Lula nas pesquisas.
Além das críticas a Eduardo, deputados e senadores citam o racha dentro da centro-direita, com trocas de farpas recentes entre Ronaldo Caiado (União Brasil-GO) e Ciro Nogueira (PP-PI), além dos ataques de Eduardo ao ministro Tarcísio de Freitas e ao presidente do PL, Valdemar Costa Neto.