Bolsonaristas usam tática de “assédio” nas redes contra senadores da CPI da Covid, diz analista de dados

Atualizado em 28 de abril de 2021 às 10:09
Representação visual do movimento de “assédio” de bolsonaristas no Twitter. Foto: Pedro Barciela

Com o fracasso do governo Bolsonaro em tentar melar a CPI da Covid, o trabalho agora será papel das milícias digitais.

Com a instalação da comissão nesta terça (27), o gado já começou a agir nas redes.

O analista de dados Pedro Barciela coletou dados de perfis apoiadores do presidente no Twitter e apontou uma “tática de assédio” contra senadores da CPI.

Mesmo em menor volume de usuários, o bolsonarismo ainda nos passa a impressão de ser maior do que realmente é”, avalia.

Com dados clusterizados, ele mostrou que os usuários atacam principalmente o perfil oficial do Senado e Omar Aziz (presidente da CPI).

“Esse assédio contra parlamentares e instituições é uma forma de ação bolsonarista. Observem que o bolsonarismo ‘draga’ o senador Omar Aziz e o perfil oficial do Senado para dentro de seu campo a partir de menções e replies críticos à eles. A questão é: até que ponto essa tática bolsonarista funcionará contra uma senadores calejados como Renan Calheiros, Tasso, entre outros? A ver”, afirma o analista.

“Em suma é como se o bolsonarismo nas redes hoje gritasse para parecer maior do que realmente é e tentar amedrontar quem hoje o encurrala. Difícil acreditar que essa tática terá efeito contra a CPI da Pandemia”, completa.