Nesta segunda-feira (5), o time jurídico do presidente Jair Bolsonaro (PL) entrou com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para remover um vídeo utilizado pela campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que destaca o recente escândalo da compra de imóveis envolvendo a família do ex-capitão.
Para a campanha bolsonarista, a peça utiliza “mecanismos sofisticados de indução de pensamentos negativos”, degrada a “boa imagem” do chefe do Executivo e tenta imputar a “sensação de que ele e seus filhos são agentes políticos desonestos, podendo produzir nefasto efeito multiplicador na rede mundial de computadores”.
Advogados do PL também acusam o vídeo de emplacar uma narrativa “leviana e vil” e pedem ao TSE a retirada imediata, além da proibição de sua retransmissão “por quaisquer meios de propaganda eleitoral”.
“A liberdade de expressão não pode e não deve servir de escudo jurídico para a prática de condutas ilícitas, como no caso concreto, ao imputar claramente crimes ao Presidente da República, verdadeiro ‘discurso de ódio'”, afirma a representação do PL
O vídeo em que a campanha de Lula chama o caso de “escândalo tamanho família” diz: “Mansão de 20 mil metros quadrados no interior de São Paulo; mansão no Rio de Janeiro; mansão de 6 milhões em Brasília. Esses são apenas 3 dos 107 imóveis comprados pela família Bolsonaro desde sua entrada na política.”
“A investigação da imprensa revelou outro escândalo: 51 desses imóveis foram pagos em dinheiro vivo, no valor atualizado de 25 milhões. De onde vem tanto dinheiro vivo da família Bolsonaro? É um escândalo tamanho família”, finaliza.
Assista:
Lula é a solução!
O mentiroso e corrupto bolsonaro entrou no TSE pedindo para censurar esse vídeo que fala das mansões e dos 107 imóveis da sua família (51 comprados com DINHEIRO VIVO).
Ele quer esconder!
BOLSONARO CHILIQUENTO
7 de setembro da vergonha
GASOLINA DE GRAÇA AMANHÃ pic.twitter.com/0Bm2S53x3F— #TimeLula VOTA 1️⃣3️⃣ (@SouTimeLula) September 6, 2022
Recentemente, um levantamento patrimonial feito pelo UOL mostra que quase metade do patrimônio em imóveis do clã Bolsonaro foi comprado total ou parcialmente com uso de dinheiro vivo, segundo declarações dos próprios familiares. Embora não seja um crime, o emprego de grandes quantidades de dinheiro nesses negócios pode indicar lavagem de dinheiro, avaliam especialistas.