Bolsonaro admite a Valdemar arrependimento por frase dita na pandemia; saiba qual

Atualizado em 27 de setembro de 2025 às 7:49
Jair Bolsonaro com cara de choro, sem olhar para a câmera
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro revelou a Valdemar Costa Neto, presidente do PL, que se arrepende de declarações feitas durante seu governo, em especial uma frase dita no auge da pandemia da Covid-19. Segundo Valdemar, esse episódio teve forte impacto negativo na campanha eleitoral de 2022 e contribuiu para a perda de votos, sobretudo entre o eleitorado feminino. As informações são do Metrópoles.

De acordo com o dirigente partidário, a fala “Eu não sou coveiro”, dita por Bolsonaro em tom de ironia quando questionado sobre mortes causadas pelo vírus, foi decisiva para afastar uma parcela importante da população. A repercussão, amplificada pela cobertura da imprensa e pelas redes sociais, teria marcado negativamente a imagem do então presidente em um momento de crise sanitária.

Valdemar ressaltou que a frase atingiu de forma particular mulheres, que tradicionalmente assumem a função de cuidadoras da família. Para ele, o impacto foi tão significativo que o PL considerou essencial indicar uma mulher como vice na chapa de Bolsonaro em 2022, a fim de tentar reverter a rejeição no segmento.

No entanto, o escolhido para a vaga acabou sendo o general Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil. A decisão refletiu a estratégia do núcleo bolsonarista de manter um perfil de chapa fortemente associado às Forças Armadas, mas deixou em aberto o esforço para atrair eleitoras.

Com a derrota eleitoral, Bolsonaro acabou sendo condenado pelo Supremo Tribunal Federal a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado. Braga Netto, seu vice na disputa, também foi preso em investigação sobre a trama para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva.