Bolsonaro admite que 7 de Setembro terá ataques ao TSE e STF: “É natural”

O presidente voltou a questionar a confiabilidade do processo eleitoral brasileiro, uma das pautas que possivelmente serão levantadas nas manifestações

Atualizado em 2 de agosto de 2022 às 11:54
O presidente Jair Bolsonaro.
Foto: Reprodução

Em uma entrevista a Rádio Guaíba nesta terça-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse considerar ”natural” que seus apoiadores realizem protestos durante os eventos previstos para o feriado de 7 de setembro, Dia da Independência.

No ato, é possível que ocorram movimentos contra o Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal, além de temas como a volta do voto impresso – levantado recorrentemente pelo próprio presidente em seus ataques às urnas eletrônicas – serem comentados novamente.

”A população obviamente vai lá prestigiar o desfile. O pessoal deve ir de camisa verde e amarela. Deve ter alguns protestos, é natural”, declarou o presidente.

O presidente seguiu após seu comentário e argumentou que “da nossa parte, ninguém quer protesto para fechar isso ou fechar aquilo”, se referindo aos movimentos antidemocráticos que seus apoiadores realizaram no último 7 de setembro, que sustentavam o fechamento do STF e do Congresso.

Ainda sem se colocar na posição que defende as manifestações de seus seguidores, ele falou sobre algumas instituições estarem ”se fechando” no país de forma moral. Na visão dele, “moralmente, algumas instituições estão se fechando no Brasil”. “Dá para a gente ganhar essa guerra dentro das quatro linhas”.

“Uma das frases mais mostradas lá deve ser a questão de transparência. O que é transparência? Transparência. Em especial, eleitoral. Ninguém está pedindo aqui ou dizendo que não haver eleições. Vamos ter eleições. Agora, nós queremos é transparência por ocasião da votação e das apurações”, disse Bolsonaro, retomando o discurso contra o processo eleitoral, já que em seguida reiterou que a Corte se posiciona ”contra a transparência”.

Durante a conversa com a Rádio, o chefe do Executivo repetiu teorias sem fundamento e alegações falsas feitas frequentemente contra a confiabilidade da urna eletrônica e a segurança do sistema eleitoral como um todo.

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