Em conversa com jornalistas na segunda-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que seu companheiro de chapa nas eleições deste ano será “definido mais tarde”.
Com seu desempenho ruim nas pesquisas, em que registra uma alta taxa de rejeição, em meio à forte pressão do Centrão, o chefe do Executivo considera derrubar o general Braga Netto, ex-ministro da Defesa, e colocar outro vice no lugar.
Segundo o colunista Lauro Jardim, o nome da ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina “sobe como um foguete para ocupar essa posição”. Ele acrescenta que, na conversa de anteontem, “Bolsonaro inclusive citou o nome de sua ex-ministra”.
Nos últimos meses, o mandatário da República vinha dando como certa a escolha do militar para ser seu vice. Em abril, ele cravou que Braga Netto tinha 90% de chance de ocupar a vaga. O general até deixou o Ministério da Defesa em março e se filiou ao PL, justamente com esse objetivo.
Desde o início do ano, porém, o Centrão afirma que Bolsonaro poderia nomear o vice que quisesse se chegasse a julho, mês em que são definidas as chapas presidenciais, com uma boa posição nas pesquisas. A pouco mais de 100 dias da eleição, ele aparece muito atrás de seu principal adversário, o ex-presidente Lula (PT).
Para o centrão, Tereza Cristina como vice pode ajudar a diminuir a rejeição do presidente entre as mulheres, além de reforçar os laços com o agronegócio, inclusive no que diz respeito a doações para a campanha.