
Um aliado do presidente Jair Bolsonaro confirmou o que muita gente já desconfiava. Ele deu ordem para o Ministério da Saúde não liberar a vacina contra a Covid para as crianças. A determinação aconteceu minutos depois da Anvisa autorizar o uso da Pfizer para imunizar brasileiros de 5 a 11 anos. A reação de Queiroga, neste caso, foi de atender a demanda do presidente.
A ordem de Bolsonaro foi para atender suas bases mais radicais. Mas segundo o aliado, também foi porque o presidente acredita no que fala. “Ele acha que a vacina é realmente prejudicial”, comentou. O presidente tem espalhado em grupos de mensagens com apoiadores os malefícios que ele acreditar ser provocado pela vacinação. Todas elas, inclusive, já foram desmentidas pela ciência.
O aliado do Planalto explicou que Bolsonaro ligou para Queiroga logo que a decisão da Anvisa saiu. “A ordem era não liberar e postergar ao máximo”. Foi isso que aconteceu, já que o ministro passou a problematizar a situação. Entrevistas dele mostram que não há prazo para iniciar a vacinação.
Leia também
1 – Doria é reprovado por maioria em SP, diz Datafolha
2 – Salário atrasado, calote, cancelamentos: como foi a quebra da Itapemirim
3 – No Brasil, covid matou mais crianças do que doenças que têm vacina em 15 anos
Bolsonaro e a vacina
Embora no Ministério da Saúde todos saibam que a vacina irá acontecer, há tensão. Todos já sabiam que o STF determinaria prazo para o início da imunização, mas ninguém contava que seria tão rápido. Mesmo assim, nos bastidores do ministério é de que haverá resistência.
Por Bolsonaro, o ideal é desobedecer a ordem do STF e não comprar as vacinas da Pfizer. Mas não será de forma clara, a intenção é tentar enrolar nas negociações. Mesmo assim, o que se diz no Planalto é que o presidente vai resistir porque não quer vacinar as crianças. “E ponto final”, como disse ele próprio a aliados.
Participe de nosso grupo no WhatsApp clicando neste link.
Entre em nosso canal no Telegram, clique neste link.