Bolsonaro deixa Paulo Guedes nu com a mão no (seu) bolso. Por Fernando Brito

Atualizado em 26 de agosto de 2020 às 20:39

Publicado originalmente no blog do autor

Por Fernando Brito

Paulo Guedes.
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Paulo Guedes não vale mais um tostão furado.

Saia – como é provável – do Ministério ou permaneça no cargo, completamente desmoralizado por um presidente que vai a público dizer que desautoriza a proposta de seu “superministro” e manda suspender o tal Renda Brasil que Guedes definia como o “Big Bang” da reconstrução nacional já importa bem pouco.

Se com a “garfada” de R$ 20 bilhões do abono – como venho insistindo aqui – Guedes estava às voltas com uma “Operação Cata-Cata” para fazer um milagre de arranjar dinheiro para fazer seu “Bolsa Bolso”, sem ela o programa é, numa palavra, impossível.

A antiga “equipe dos sonhos” da Economia, ou a parte que não debandou de lá, está batendo cabeça, posta, deliberadamente, na posição de arrancar dinheiro para a “bondade” presidencial e, de repente, vê o chefe ficar pelado na praça.

Vai se repetindo a tática de Bolsonaro de deixar seus auxiliares se queimarem e forçar sua demissão, tal como aconteceu com Sergio Moro.

Guedes achou que podia rugir como um leão e vai ter de miar como um gato. Um gato que subiu no telhado.

Mais um que acreditou no que dizia Bolsonaro.