Bolsonaro desafia o TSE: “Duvido que tenha coragem de cassar meu registro”

Atualizado em 3 de junho de 2022 às 21:50
Jair Bolsonaro

Nesta sexta-feira (3), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar o sistema eleitoral brasileiro e fez um desafio ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). “Vai cassar meu registro? Duvido que tenha coragem de cassar meu registro”, declarou. “Não estou desafiando ninguém, mas duvido que tenha coragem de cassar”, acrescentou.

Nesta semana, o ministro Alexandre de Moraes, vice-presidente do TSE, declarou que o tribunal vai cassar o registro eleitoral dos candidatos que divulgarem informações falsas nas redes sociais.

“Notícias fraudulentas divulgadas por redes sociais que influenciem o eleitor acarretarão a cassação do registro daquele que veiculou”, comentou o magistrado. Na opinião dele, o TSE está pronto para enfrentar as “milícias digitais”.

Bolsonaro faz ameaça

Ele afirmou que “se precisar, iremos à guerra” para poder defender a “liberdade”. Ele não especificou quais motivos o país viveria um período de “luta”, mas pediu para os seus apoiadores buscarem mais informações para se preparar para um hipotético evento futuro.

“Onde hoje, não mais os ladrões de dinheiro do passado, surgiu uma nova classe de ladrão, são aqueles que querem roubar a nossa liberdade. Peço para que vocês cada vez mais se interessem por esse assunto. Se precisar, iremos à guerra, mas eu quero um povo ao meu lado consciente do que está fazendo e por quem está lutando”, comentou.

“Também tenho uma filha de 11 anos de idade. Nós todos, aqui, não podemos lá na frente, 23, 24, 25, ver a situação que se encontra o Brasil e falar: ‘O que nós não fizemos em 22 para que a nossa pátria chegasse a situação que se encontra?’. Todos nós temos um compromisso com o nosso Brasil, não apenas os militares que fizeram um juramento de defender a pátria com o sacrifício da própria vida. Todos nós temos que nos informar e se preparar, porque não podemos deixar que o Brasil siga o caminho de alguns outros países aqui na América do Sul”, acrescentou.

E concluiu: “E termino dizendo que poucos naquela praça dos três poderes pode muito, mas nenhum dele pode tudo. A nossa liberdade não tem preço, e parece que alguns não querem entender. A liberdade é mais importante do que a própria vida, porque um homem ou uma mulher sem liberdade não tem vida”.

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