Bolsonaro diz que ex-assessor do filho “será ouvido na Justiça” na semana que vem

Atualizado em 13 de dezembro de 2018 às 6:32
Bolsonaro e o amigo de 34 anos Fabrício Queiroz na pescaria

Em uma demonstração de como pretende exercer o “poder popular sem intermediação”, Jair Bolsonaro fez um nova live nas redes sociais.

Foi nesta quarta-feira, dia 12, e ele falou do relatório do Coaf que revelou uma “movimentação atípica” de R$ 1,2 milhão nas contas de Fabrício José de Queiroz, ex-assessor de seu filho Flávio.

Michelle Bolsonaro ganhou um cheque de R$ 24 mil.

Queiroz está sumido há dias, o que só reforça a certeza de que ele está preparando uma justificativa que pare em pé — e que provas estão sendo destruídas.

Se fosse algo simples e honesto, o homem já teria saído a público.

Como nas ocasiões anteriores, Bolsonaro se colocou “à disposição” para esclarecimentos. Veio com o blablablá de que, em seu governo, investirá na luta contra a corrupção.

“Temos um problema pela frente. Essa questão do ex-assessor. Deixo bem claro que eu não sou investigado e que meu filho não é investigado”, começou.

E aí surgiu um ato falho.

Pelo que me consta, esse senhor será ouvido pela Justiça na semana que vem. Espero que dê os devidos esclarecimentos. Se algo estiver errado comigo, com meu filho ou com Queiroz, que paguemos aí a conta deste erro. Da minha parte, estou aberto a quem quiser fazer qualquer pergunta sobre esse assunto”.

Bolso trata um caso de possível lavagem de dinheiro (para começar) como se fosse um peido no elevador. “Desculpaí, talkei?”

Mas o fato é que ele forneceu uma novidade: o desaparecido Queiroz dará as caras na próxima semana.

Como o velho amigo Jair sabe disso?

Porque, provavelmente, estão conversando e combinando.

“Esse vazamento que houve, não sou contra, tem que vazar tudo mesmo! Nem devia ter nada reservado. Dói no nosso coração? Dói”.

Dói. Mas é melhor o Jair jair se acostumando.

Qualquer coisa, ele sabe que vai encontrar Jesus no pé de goiaba.