Bolsonaro diz que sem auditoria não terão eleições

Atualizado em 19 de maio de 2022 às 18:07
Bolsonaro diz que sem auditoria não terão eleições
Presidente Jair Bolsonaro
Foto: Reprodução

A batalha de Jair Bolsonaro (PL) contra as urnas eletrônicas não deve se limitar apenas a uma auditoria que deve ser contratada pelo seu partido. O presidente também quer acionar as Forças Armadas, a Controladoria-Geral da União (AGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU) para fiscalizar o processo eleitoral, segundo reportagem da coluna de Malu Gaspar, no O Globo.

“Se não tiver auditoria, não vai ter eleição”, disse o presidente da República em uma das reuniões reservadas que tem feito sobre o tema, segundo interlocutores ouvidos pela coluna.

De acordo com a reportem, nas últimas semanas, equipes da campanha e dos órgãos de governo que o presidente quer ver na ofensiva foram mobilizadas para reuniões e discussões sobre como realiza-la

A ideia de Bolsonaro é que as Forças Armadas, a CGU e a AGU formem frentes paralelas à auditoria que deverá ser contratada pelo PL. As instituições acionariam o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) separadamente para atuar na fiscalização das eleições.

Ainda segundo a reportagem, especialistas confirmam que a ofensiva de Bolsonaro está dentro da lei, porque existe uma resolução do TSE que autoriza esse tipo de trabalho.

No entanto, a iniciativa de Bolsonaro pode tensionar ainda mais o ambiente, porque testaria mais uma vez os limites das instituições.

A estratégia de envolver as Forças Armadas, a CGU e a AGU na fiscalização das eleições é vista com ressalvas por militares.

“As Forças Armadas não fazem auditoria. Elas são utilizadas na segurança da Garantia da Votação e Apuração, durante os dias de votação, por solicitação dos tribunais regionais eleitorais, após aprovação do TSE”, comentou uma fonte do ministério da Defesa à reportagem.

O PL enfrenta dificuldades na contratação de uma empresa para acompanhar as etapas do processo eleitoral. Interlocutores do presidente avaliam que, dada a ambição de Bolsonaro, o valor pode passar de R$ 1 milhão.

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