Bolsonaro diz querer manter o Bolsa Família após chamá-lo, entre outras coisas, de “crime”. Que tiro foi esse? Por Kiko Nogueira

Atualizado em 4 de junho de 2018 às 9:53
Me engana que eu gosto

Bolsonaro continua em sua louca cavalgada para convencer os incautos de que não é Bolsonaro.

De olho em eleitores de menor renda, ele prepara uma “carta de princípios” na qual se comprometerá a manter o Bolsa Família com “mais auditorias” — seja lá o que isso significa.

A estratégia é formalizar compromissos na área social e ver se morde votos de Marina Silva e Ciro Gomes, ambos bem avaliados entre mais pobres.

“Lula está fora de combate”, diz Bolsonaro. “Eu vou fazer a minha parte.”

A campanha está preocupada com os rumores de que o candidato pode acabar com o programa.

O grande responsável por esse temor é o próprio JB, que amealhou fãs cabeças ocas, fascistoides do “estado mínimo”, criticando pesadamente o Bolsa Família, um “investimento em acomodação”.

“No Nordeste, você não consegue encontrar uma pessoa pra trabalhar na tua casa”, falou.

Em agosto, na Festa do Peão Boiadeiro, em Barretos (SP), declarou que o programa só é necessário para uma minoria e que “não vai ser com caridade que o Brasil vai sair dessa situação crítica”.

“Para ser candidato a presidente tem de falar que vai ampliar o Bolsa Família, então vote em outro candidato. Não vou partir para demagogia e agradar quem quer que seja para buscar voto.”

Abaixo, o que Bolsonaro realmente pensa do assunto: