Bolsonaro diz ter desmentido a “narrativa” da “minuta do golpe” no STF

Atualizado em 10 de junho de 2025 às 21:28
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de cabeça baixa e óculos, falando
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – Reprodução

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que foi interrogado nesta terça-feira (10) pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na ação penal da trama golpista, alegou no X que colocou “um ponto final em duas narrativas absurdas que nunca deveriam ter existido”.

De acordo com o político do Partido Liberal, uma das supostas farsas é a “minuta do golpe”. Já a segunda envolve seu ex-assessor, Filipe Martins. Confira:

“Hoje, coloquei um ponto final em duas narrativas absurdas que nunca deveriam ter existido.

A primeira é essa farsa chamada ‘minuta do golpe’. Nunca discuti qualquer documento com teor golpista. Também nunca participei nem autorizei qualquer conversa sobre prisão de autoridades. Isso simplesmente não existiu. É uma mentira sem fundamentos inventada para justificar uma perseguição política contra mim e contra aqueles que me apoiam.

A segunda é uma injustiça contra um homem inocente. Filipe Martins era meu assessor internacional. Um jovem inteligente, leal, discreto e extremamente dedicado. Não é jurista. Nunca exerceu função ligada à área militar e cuidava exclusivamente de assuntos externos e da relação com embaixaxores e outras autoridades estrangeiras. É completamente ilógico, para não dizer absurdo, supor que ele participaria de uma reunião sobre temas de segurança interna, especialmente uma reunião reservada com os comandantes das Forças Armadas.

Filipe passou mais de seis meses preso em um presídio junto com criminosos comuns, acusado injustamente de ter embarcado comigo em um voo presidencial. Durante todo esse tempo, nem a Polícia Federal nem a Procuradoria me perguntaram se ele estava nesse voo, pois sabiam que a resposta seria negativa e que a prisão se baseava numa falsidade.

Até hoje ele segue preso em sua casa, sob censura e proibido de trabalhar, de visitar seus pais, de ver sua filha e de ter uma vida minimamente normal.

Até quando vão continuar com essas injustiças? Até quando vão sustentar essas mentiras? Essas narrativas foram fabricadas para sustentar acusações sem provas, sem fatos e sem qualquer vínculo com a realidade. E quem fabrica versões para condenar inocentes não defende a democracia, destrói o Estado de Direito”.

Jessica Alexandrino
Jessica Alexandrino é jornalista e trabalha no DCM desde 2022. Sempre gostou muito de escrever e decidiu que profissão queria seguir antes mesmo de ingressar no Ensino Médio. Tem passagens por outros portais de notícias e emissoras de TV, mas nas horas vagas gosta de viajar, assistir novelas e jogar tênis.