Bolsonaro e Biden negociam encontro nos EUA em junho

Atualizado em 8 de maio de 2022 às 11:06
Jair Bolsonaro e Joe Biden

A Cúpula das Américas, que será realizada de 6 a 10 de junho em Los Angeles, pode ser o palco do primeiro encontro entre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o chefe do Executivo brasileiro, Jair Bolsonaro.

O governo americano já acenou com a possibilidade de uma reunião bilateral envolvendo os dois. Até hoje, eles apenas trocaram cartas, em tom protocolar. Aliado de Donald Trump, Bolsonaro foi um dos últimos líderes mundiais a reconhecer a vitória de Biden nas eleições presidencias de 2020.

Diplomatas dos EUA avisaram ao Itamaraty que o encontro deve acontecer se o brasileiro comparecer ao evento e poderia ser explorado politicamente por ambos. Bolsonaro ainda não confirmou se estará presente, mas o Itamaraty aprova o diálogo entre os presidentes. Representantes brasileiros e americanos em Brasília, Washington e Califórnia estão trabalhando nos preparativos.

Maior evento de política externa de Biden para a América Latina, a cúpula vai tratar de ameaças à democracia, o que pode levar Jair a desprezar o encontro simplesmente para fazer média com seu eleitorado mais fiel, identificado com Trump.

Bolsonaro tem mostrado mais disposição para se reunir com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Segundo o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlüt Çavuşoğlu, o brasileiro procurou a diplomacia turca para propor uma visita entre chefes de estado ao presidente russo, Valdimir Putin.

“O presidente do Brasil disse que se o presidente [turco] Erdogan vir benefícios, ele está pronto para organizar uma visita conjunta de alguns líderes nacionais importantes para Moscou. Ele disse que gostaria de contribuir para esses esforços”, relatou o chanceler turco.

Desde sua viagem à Rússia, no início do ano, Bolsonaro tem afirmado que seu encontro com Putin foi importante, já que o acesso a fertilizantes da Rússia foi mantido. A reunião não foi muito bem vista no país, já que os conflitos entre Rússia e Ucrânia estavam se intensificando na época.

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