Bolsonaro é indiciado pela PF por fraude em cartão de vacinação da Covid

Atualizado em 19 de março de 2024 às 8:32
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: reprodução

A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema público no contexto da investigação sobre a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.

Esse indiciamento implica que o processo é encaminhado ao Ministério Público, que decidirá se apresenta denúncia à Justiça ou arquiva a investigação.

Segundo Daniela Lima, do G1, o tenente-coronel Mauro Cid e o deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) também foram indiciados.

A PF, no caso de Cid, também aponta o crime de uso indevido de documento falso. O crime de associação criminosa prevê pena de 1 a 3 anos; o de inserção de dados falsos em sistema de informações, de 2 a 12 anos. 

Após a publicação do post, o advogado de Bolsonaro Fabio Wajngarten disse ser lamentável a divulgação da informação, mas não comentou o teor o indiciamento.

No inicio do ano, a Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu, após investigação, que o certificado de vacinação de Bolsonaro para Covid-19 era falso.

Mauro Cid e Bolsonaro. Foto: reprodução

De acordo com a pasta, a apuração começou após um pedido feito via Lei de Acesso à Informação para ter acesso ao cartão de vacinação do ex-capitão. A partir dai, foram constatadas inconsistências nos registros da vacinação, que levaram à instauração de um procedimento de investigação para apurar o envolvimento de servidores federais.

A apuração da pasta foi comunicada à PF, que avançou nas investigações e deflagrou a Operação Venire com autorização do Supremo Tribunal Federal (STF). Foi nesta operação, realizada em maio do ano passado, que os policiais prenderam o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

Na operação também foram realizadas buscas em endereços de Bolsonaro e a PF ainda apontou que também teriam sido adulterados os cartões de vacinação da filha do ex-presidente, Laura Bolsonaro, do próprio Mauro Cid, de sua filha e sua esposa.

Segundo a PF, as adulterações aconteceram para que os envolvidos pudessem embarcar do Brasil para os Estados Unidos, burlando as normas sanitárias vigentes.

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