Bolsonaro e seus golpistas podem pegar penas na faixa dos 20 anos de prisão

Atualizado em 21 de dezembro de 2024 às 19:43
Ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Os advogados dos 40 indiciados pela Polícia Federal (PF) no inquérito do golpe de Estado avaliaram que as penas impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aos principais investigados deverão ficar, em média, na faixa dos 20 anos de prisão.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) deve apresentar uma denúncia contra os indiciados até fevereiro de 2025.

Segundo a colunista Malu Gaspar, do Globo, os advogados “dão como certo tanto a denúncia da PGR como a notificação pela Primeira Turma do STF”.

“Pelos crimes imputados aos principais investigados e pelos julgamentos já realizados pelo STF, esta é a nossa régua. Não menos que 20 anos”, afirmou reservadamente um dos advogados à jornalista Malu Gaspar.

As estimativas têm como base o julgamento do STF em setembro de 2023, quando o ex-técnico da Sabesp, Aécio Lúcio Costa Pereira, foi condenado a 17 anos de prisão por dano qualificado, minorias de patrimônio público tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e associação criminosa. O bolsonarista foi o primeiro réu dos atos golpistas de 8 de Janeiro condenado pela Corte.

“Se o povo que estava lá invadindo os prédios públicos no 8 de Janeiro pegou pena elevada, imagine quem teve protagonismo na trama golpista. É provável que quem for condenado agora receba uma pena ainda mais elevada”, disse um advogado influente de um dos investigados.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é apontado como o líder da organização criminosa, que atuou, “mediante divisão de tarefas, com o fim de obtenção de vantagem consistente em tentar manter o então presidente da República Jair Bolsonaro no poder”.

Bolsonaro e 39 aliados foram indiciados pela PF pelos crimes de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. Somadas, as penas podem chegar a 28 anos de prisão.

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