Chamado de aliado de Putin, Bolsonaro se defende: “Equilíbrio”

Atualizado em 3 de março de 2022 às 21:55
Presidente Russo, Vladimir Putin ascena em direção as câmeras e Bolsonaro toca em seu ombro
Apesar das cobranças, Bolsonaro permanece em posição de neutralidade sobre o conflito Rússia e Ucrânia
Foto: Reprodução/O Globo

Nesta quinta-feira, 03, em live nas suas redes sociais, o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a adotar uma postura neutra frente ao conflito Rússia e Ucrânia. Chamado de aliado de Putin, ele resolveu se defender e disse que busca ter “equilíbrio”.

Apesar das inúmeras cobranças, o chefe do executivo federal segue firme em sua postura de meio termo. O governante visitou no mês passado a Rússia e, na ocasião, se colocou como solidário a Putin. Recentemente, o governo brasileiro foi cobrado pela embaixada dos EUA sobre a postura de “neutralidade” e a falta de declarações sólidas sobre o tema.

A fala do presidente brasileiro vai de encontro do que diz o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, que defende a adoção de um discurso mais neutro e contemple os dois lados do conflito.

“Muita gente questiona que o presidente precisa ter uma posição mais firme de um lado ou de outro. O Brasil continua numa posição de equilíbrio. Nós temos negócios com os dois países. Não temos a capacidade de resolver esse assunto. Então o equilíbrio é a posição mais sensata por parte do governo federal”, comentou Bolsonaro.

O presidente disse ainda que está na torcida pela paz. E, que se for possível, também está disposto a fazer o que for necessário por isso. Ainda em sua transmissão ao vivo, o chefe do executivo federal falou sobre as consequências de entrar em um conflito como esse: “A guerra não vai produzir efeitos benefícios para nenhum dos dois países, muito menos para o mundo”.

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Bolsonaro e as inúmeras pressões

O governo brasileiro não para de receber ligações com pedidos por uma postura mais dura frente ao conflito Rússia e Ucrânia. As solicitações vêm de todos os lados, tanto de governos de outros países, como no caso do secretário de Estado dos EUA, como cobranças internas, apoiadores e ex-apoiadores de Bolsonaro cobrando uma postura mais rígida sobre todo o conflito.

As declarações do presidente tem sido sempre em tom brando. Como algumas de suas últimas falas, Bolsonaro se declarou solidário as vítimas e que a embaixada brasileira permaneceria aberta e pronta para auxiliar cerca de 500 cidadãos brasileiros que estavam em Kiev.

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