
Investigadores da Polícia Federal (PF) avaliam que as medidas impostas a Jair Bolsonaro (PL) são, na prática, uma forma de prisão domiciliar com características de regime semiaberto. Com informações da colunista Andréia Sadi, do G1.
Com tornozeleira eletrônica e recolhimento obrigatório das 19h às 6h e aos fins de semana, ele pode sair de casa apenas em dias úteis e em horários restritos.
As restrições foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após Bolsonaro ser alvo de mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira (18).
Investigadores apontam que o ex-chefe de Estado brasileiro tem elevado o tom desde o início das apurações e vinha adotando estratégias para escapar do cerco judicial. A avaliação interna é de que a situação exige vigilância semelhante à aplicada em réus prestes a ser condenados.

Fontes da PF citam o caso da deputada Carla Zambelli (PL-SP), que deixou o Brasil semanas após ser condenada à prisão pelo STF. Também lembram que Bolsonaro admitiu ter transferido R$ 2 milhões ao filho Eduardo, atualmente nos Estados Unidos, o que acendeu o alerta sobre uma possível rede de apoio no exterior.