Bolsonaro gasta R$ 1,2 bi para furar poços, abandona obras e deixa Nordeste sem água

Atualizado em 16 de agosto de 2022 às 7:49
Sertão nordestino
Foto por: Honório Barbosa

O governo de Jair Bolsonaro fura poços pelo sertão, mas não instala os equipamentos do sistema de abastecimento. Sem bombas, a água não sai do buraco. Em alguns casos, o governo instala equipamentos precários, como bombas sem a potência adequada para destinar água até localidades mais altas. Água potável não chega às casas; quando chega, é salobra.

No Piauí, famílias de pequenos agricultores ainda enfrentam o velho drama da falta de acesso à água potável. O município, na zona rural de Oeiras, foi um dos contemplados por uma “força-tarefa das águas” anunciada pelo governo Jair Bolsonaro (PL) para o Nordeste e o norte de Minas. Dois anos depois, no entanto, poços abertos pelo programa estão lacrados. As obras pararam pela metade e bombas de retirada de água não foram instaladas. A situação se repete em todo o semiárido nordestino.

Ao longo de três meses, contratos do atual governo somam R$ 1,2 bilhão para a construção de poços no sertão. Os documentos mostram irregularidades em pregões milionários feitos em menos de dez minutos e a reserva de recursos para abertura de novos poços sem que outros sejam concluídos. O resultado é um cemitério de poços abandonados. Com informações do Globo.

No povoado da Alagoinha, o governo cavou um poço público, mas a bomba não é potente para abastecer casas que ficam na parte alta do lugar, “dificilmente” chega água. A água retirada do poço é salobra, com gosto mineral forte e desagradável, levemente salgado. Já a água da nascente, considerada “boa”, não tem gosto, mas é turva de terra.

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