
Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo de juristas Prerrogativas, defendeu a “prisão imediata” do ex-presidente Jair Bolsonaro, indiciado nesta quinta (21) pela Polícia Federal por abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa. O advogado aponta que ele pode atrapalhar o andamento do processo e avalia que sua situação é “gravíssima”.
“Bolsonaro já pode e deve ser preso. Frente aos fatos que agora se tornaram públicos, que são envolvimento direto em tentativa de golpe de Estado com homicídio, a situação fica gravíssima. Bolsonaro é um dos cabeças da tentativa de golpe”, afirmou à coluna de Paulo Cappelli no Metrópoles.
Ele aponta que o ex-presidente, mesmo com a proibição de se comunicar com os demais investigados, pode combinar estratégias e versões de defesa, além de ocultar provas. “Respeito o sagrado direito de defesa de quem quer que seja, mas os fatos são muito graves. Não estamos falando de um crime qualquer”, prossegue.

Para o advogado, “qualquer outro cidadão já estaria preso” por acusações similares. “Não quero que Bolsonaro seja tratado abaixo da lei, mas tampouco pode ser tratado como se estivesse acima dela”, completa.
O ex-presidente foi indiciado junto de 36 aliados, como os ex-ministros e generais Augusto Heleno e Walter Braga Netto. Se condenados, eles podem ser presos por até 30 anos.
O relatório da Polícia Federal foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta (21) e o documento deve ser enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) na próxima semana. A expectativa é que o ex-presidente seja denunciado no início de 2025 e o julgamento ocorra no primeiro semestre.
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