Bolsonaro piorou sua situação com a estapafúrdia demissão “elogiosa” de Bebianno. Por Kiko Nogueira

Atualizado em 18 de fevereiro de 2019 às 22:53

Bolsonaro fez a demissão mais estapafúrdia da história da política brasileira.

Cinco dias após uma crise criada por ele e pelo filho Carlos, exonerou Bebianno.

O discurso tem cara de pedido de divórcio em que o sujeito tenta se fingir de bonzinho para não acabar na draga completa.

O porta-voz Otávio Rêgo Barros alegou que a razão é de “foro íntimo do nosso presidente”, um clássico que significa tudo e não significa nada.

Depois a assessoria de Jair divulgou um vídeo patético.

“Desde a semana passada diferentes pontos de vista sobre questões relevantes TRUXERAM (sic) a necessidade de uma reavaliação”, diz ele.

“Tenho que reconhecer a dedicação e comprometimento do senhor Gustavo Bebianno à frente da coordenação da campanha eleitoral em 2018. Seu trabalho foi importante para o nosso êxito”, continua.

“Continuo acreditando em sua seriedade”.

Ora. Se acredita, por que está mandando o cidadão embora?

Trata-se do mesmo homem que ele chamou de mentiroso juntamente com seu menino esquisito Carluxo, numa execração pública.

O teatro todo foi encenado de maneira a ver se Bebianno não abre o bico sobre o laranjal do PSL, os respingos em Jair e o que mais o agora ex-ministro tiver na manga (ele foi tesoureiro da campanha, lembre-se).

Ofereceram Itaipu. Ele recusou. Ofereceram a embaixada de Roma. Idem.

Ele sabe muito. E já deixou claro agora que seu alvo será Jair e suas crianças disfuncionais.

O general 3 estrelas Floriano Peixoto o substituirá.

Onyx passa a ser o único civil com gabinete no Planalto.

Até quando?

Tic-tac, tic-tac…

Bebianno e Bolsonaro