O script é o mesmo. O risco é maior.
O que aconteceu hoje nos Estados Unidos, quando arruaceiros comandados por Donald Trump invadiram o Capitólio, em Washington, é um teaser do que ocorrerá no Brasil em 2022.
Bolsonaro não tem mistério. Ele é transparente como uma folha de papel higiênico.
Vem detonando reiteradamente as urnas eletrônicas e declarando fraude até no resultado de 2018.
No encontro com o gado, disse que estava “acompanhando tudo”.
“Muita denúncia de fraude. Quando eu falo isso, a imprensa diz: ‘Sem provas, presidente Bolsonaro diz que eleição foi fraudada’. Eu acredito que sim, eu acredito que foi [fraudada] descaradamente”, falou, sem provas, para variar.
Há diferença para os irmãos do Norte: parte do Exército está com Bolsonaro.
Nos EUA, os dez ex-secretários de Defesa ainda vivos divulgaram uma carta afirmando que as Forças Armadas não entrariam em nenhuma aventura.
Por aqui, o delinquente no Planalto conta com o apoio dos fardados que pôs para mamar no Estado.
Há uma divisão na corporação. O comandante Pujol já disse, por exemplo, que “militares não querem fazer parte da política”.
E os outros?
Bolsonaro tem, também, parte da polícia militar e as milícias.
O erro de achar que esse sujeito é domesticável será fatal.
Bolsonaro, o Trump do Bananão, precisa ser impedido antes de macaquear seu ídolo no que pode ser uma derradeira vez — como tragédia e farsa.