VÍDEO: Bolsonaro quer filmar pessoas votando no dia das eleições

O presidente propagou novamente sua falta de confiabilidade no sistema eleitoral brasileiro

Atualizado em 2 de agosto de 2022 às 19:56
Presidente Jair Bolsonaro
Foto por: Adriano Machado

Em entrevista à Rádio Guaíba, nesta terça-feira (2), o presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar as urnas eletrônicas e a propagar a sua falta de confiabilidade no sistema eleitoral.

Apesar da máquina ter sido implantada no Brasil em 1996 e, desde sua presença, nunca ter sido comprovada nenhuma fraude sequer em seu sistema, o presidente continua insistindo que é possível que o erro aconteça justo em sua eleição.

Em meio aos comentários, ele falou sobre a ideia dada pelas Forças Armadas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de filmar as pessoas votando durante o dia do pleito e, posteriormente, usar essas imagens para comprovar se houve ou não fraude nas eleições deste ano.

Ao explicar como funcionava o plano, Bolsonaro disse: “Então as propostas das Forças Armadas, vou te falar as mais importantes. Primeira, a verificação diurna no dia das eleições. Não adianta você verificar a urna como eles [o TSE] querem uma semana antes. [Tem que ver] a verificação no dia das eleições. E seriam segundo a lei, né?”.

”Podemos pegar seiscentas urnas e checar nesse dia. São quase quinhentas mil no Brasil. É uma boa amostragem. E como é que é feito esse teste? As pessoas vão votando e sabendo que estão sendo filmadas. ‘Olha, você vai ser filmado agora. Você quer votar aqui aleatoriamente em quem você quiser, independente da sua vontade, né?’. É esse ou aquele candidato, a pessoa topa, então elas são filmadas. E no final do dia, com esse filme pronto, você vê quem essa pessoa digitou”, continuou.

”E no final do dia, com esse filme pronto, você vê quem essa pessoa digitou. ‘Ah, foi tantos votos no Onyx Lorenzoni’, por exemplo. Então vai ter que aparecer tanto pro Onyx, tanto pra um deputado federal, tanto pra um deputado estadual… Sem problema nenhum. Porque se tiver uma um programa malicioso, você vai plotar”, explicou o presidente.

Entretanto, ele reiterou que a ideia não foi respondida pelo TSE até o momento, e chegou a fazer um questionamento, dizendo que isso pode ser usado de acordo com a lei, mas não entendeu o porquê de o TSE não ter retornado a sugestão.

”O TSE até o momento não respondeu isso aí. Por que que não respondeu se está parada em lei? Não tem custo nenhum. É só sortear os locais”, disse.

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